Quais não são características da alma segundo Platão?

Perguntado por: ebarros . Última atualização: 16 de julho de 2022
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A cada parte da alma corresponde uma virtude: a Coragem; a Temperança; o Conhecimento e Sabedoria – a Coragem: em termos gerais poderia ser definida como a bravura em defender o que é correto – a Temperança: o controle dos desejos – o Conhecimento e Sabedoria: a habilidade de racionalizar e analisar.

Segundo o Filósofo, todos nós dispomos de Alma e essa é composta por 3 (três) partes, que na verdade são “modos de desejar”, potências (dýnamis) de ordem Epitimética, Timocrática e Logística.

Para Sócrates a “alma” era uma substância simples, imaterial, ou seja, espiritual e essencialmente distinta do corpo, sendo o corpo e a alma componentes distintos, mas correlacionados.

O que caracteriza a alma humana é a racionalidade, a inteligência, o pensamento, pelo que ela é espírito. Mas a alma humana desempenha também as funções da alma sensitiva e vegetativa, sendo superior a estas.

2. Parte colérica ou irascível: irascível é quem se irrita ou se enraivece com facilidade. Localizada no peito, acima do diafragma, sua função é defender o corpo contra tudo o que possa ameaçar sua segurança. Também é irracional e mortal.

· A alma colérica ou irascível, que se irrita contra tudo quanto possa ameaçar a segurança do corpo e da vida, tudo quanto cause dor e sofrimento; porque incita a combater perigos contra a vida, é a faculdade combativa, situada "acima do diafragma na cavidade do peito", isto é , no coração; também é mortal, pois existe ...

Segundo Platão, tais funções seriam desempenhadas por outras duas almas - ou partes da alma: a irascível (ímpeto), que residiria no peito, e a concupiscível (apetite), que residiria no abdome - assim como a alma racional residiria na cabeça.

Do grego anemos, que significa ar, sopro, a alma é o princípio vital, a sede do pensamento. É, em primeiro lugar, o sopro que anima um corpo vivo. Designa o princípio do pensamento e da organização, de um modo geral, do ser humano.

São eles: a animação, a sensação, a arte, a virtude, a tranquilidade, o ingresso e a contemplação. Palavras-chave: Alma.

É através da alma que o homem conhece, segundo Platão. O corpo e as sensações explicam “como” são as coisas. A alma e a inteligência explicam “o que” são as coisas. É por isso que a alma é esse trânsito entre os dois mundos, inteligível e sensível, ainda que suas características sejam dadas pelo mundo inteligível.

A tríade corpo, alma (mente) e espírito são os pilares que se não estiverem em equilíbrio, irão desmoronar com o tempo. Em toda construção, a base é o que sustenta todo o prédio. Se essa base não for bem construída e alicerçada, com o passar do tempo tudo ruirá. Conosco ocorre o mesmo.

A alma concupiscente - Essa está ligada às necessidades do corpo humano, como fome e desejo sexual.

A cada parte da alma corresponde uma virtude: a Coragem; a Temperança; o Conhecimento e Sabedoria – a Coragem: em termos gerais poderia ser definida como a bravura em defender o que é correto – a Temperança: o controle dos desejos – o Conhecimento e Sabedoria: a habilidade de racionalizar e analisar.

Na classificação tomista há dois tipos de paixões: as que dizem res- peito ao bem e ao mal absolutamente, as paixões do concupiscível. São as seis primeiras: amor, ódio, desejo, aversão, deleite e tristeza, enquanto as cinco últimas concernem ao bem e ao mal enquanto difícil, provindo do irascível.

Durante o Renascimento, o cérebro assumiu o protagonismo, mas a sede da alma permaneceu diluída no líquor, o fluido contido nos ventrículos cerebrais. Mais tarde o tecido cerebral tomou conta, com a proposição de René Descartes (1596-1650), que chegou a apontar a glândula pineal como a “sede da alma”.

O corpo é físico e com os cinco sentidos (visão, audição, paladar, olfato e tato) ele se conecta e interage com o mundo exterior. A alma e o espírito são muito mais difíceis de separar um do outro. Muitos cristãos defendem a opinião de que a alma é a parte de nós que encobre nossa vontade, afeições e pensamentos.

A alma é o princípio vital das estruturas e instâncias relacionadas por Freud, seja tópica ou emocional, pois se referem aos mecanismos de atividades da mente de cada pessoa, independente do estar consciente ou inconsciente.

Antes de se converter ao cristianismo Agostinho compartilhou de duas concepções dualistas de homem: a maniqueia e a neoplatônica, as quais defendiam ser o homem um composto entre duas sustâncias opostas, ambas co-eternas na sua existência, com a diferença que na última a alma é de natureza espiritua...

Entre ambos os princípios metafísicos, ora vigorava uma unidade acidental (provisória e dualista), ora uma unidade substancial (permanente e recíproca). Atualmente, a reflexão teológica defende uma unidade mútua e recíproca entre o corpo e a alma, de modo que cada princípio está ordenado para o outro.

Para Aristóteles, a alma e o corpo coincidem de tal modo que um não sobrevive sem o outro. Assim, formam uma unidade substancial na qual a alma é ato perfeito do corpo. Na modernidade, vários filósofos também discutiram sobre o corpo e a alma dentre eles Descartes o qual será tomado como base deste estudo.